sexta-feira, 17 de julho de 2020

PCP desmente acusações de Rui Morais

Na passada reunião de Câmara, no âmbito da discussão do relatório de contas da AGERE, o Presidente do Conselho de Administração desta empresa municipal não poupou críticas ao suposto aumento da taxa de gestão de resíduos já em 2020 "por culpa da chamada geringonça". Rui Morais acusou, sem hesitação e num acto revestido de ataque político-partidário, vários partidos, entre os quais o PCP, pela duplicação da referida taxa, o que, nas suas palavras, representaria um aumento na ordem dos 10% no tarifário aplicado aos bracarenses.

Perante a gravidade da acusação e pela reposição da verdade, o PCP vem condenar as declarações irresponsáveis do Presidente do Conselho de Administração da AGERE, exigindo que se retrate publicamente. O que é facto indesmentível é que a proposta, iniciativa do PAN de alteração ao Orçamento do Estado, que duplicava a taxa de gestão de resíduos, mereceu a rejeição do PCP.


Num primeiro momento, em sede de comissão, efectivamente a proposta foi aprovada, ainda que com o voto contra do PCP, com os votos favoráveis do PAN, PS, BE, IL e CH. Contudo, na votação final em plenário, a proposta acabou rejeitada, uma vez que o PS alterou o seu sentido de voto.

Ou seja, as declarações de Rui Morais são falsas em toda a linha. Não só o PCP votou contra o aumento da taxa de gestão de resíduos, como essa proposta acabou por ser rejeitada no Plenário da Assembleia da República.

O PCP justifica o seu voto contra essa proposta, não porque não esteja consciente da necessidade de se incentivar a reciclagem, mas porque entende que isso não pode ser feito à custa do aumento da fatura paga pelos cidadãos.