segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

João Ferreira, uma opção de esperança

Mensagem de Carlos Almeida, mandatário da candidatura de João Ferreira no concelho de Braga


No próximo Domingo somos chamados às urnas para escolher o Presidente da República. Esta eleição acontece num momento particularmente complicado, marcado por medos diversos, inquietudes e incertezas. Muitos questionam-se sobre a importância de participar no acto eleitoral. Votar é um direito que custou muito a conquistar e que envolveu o sacrifício, por vezes a perda da própria vida, de muitos portugueses das gerações que nos antecederam. Só por isso, vale a pena votar. Sempre. Acontece que, no contexto actual, devido à pandemia e às consequências que dela decorrem, penso que assume ainda maior importância o exercício deste direito. 

A forma como o país responde à pandemia está profundamente ligada ao exercício dos poderes políticos, pelo que as opções do Presidente da República têm obviamente impacto considerável na vida dos cidadãos. É o nosso voto que decidirá o curso do país. É com o nosso voto que avaliamos o exercício dos poderes do actual Presidente da República. 

Através do nosso voto manifestamos as nossas aspirações e anseios. Temos razões de sobra para não estarmos satisfeitos com muitas das opções políticas. A pandemia veio expor ainda mais as injustiças e tornar mais visíveis as desigualdades. Não são de agora, é verdade. Há muito que o país está refém de políticas que servem apenas os interesses de quem vive instalado no poder e acumula riqueza à custa do trabalho de grande parte dos cidadãos. 

O lucro desses poucos é resultado da exploração de muitos. Vivemos praticamente há um ano condicionados pelas restrições impostas no âmbito do combate ao vírus. Durante esse período, as grandes fortunas não pararam de aumentar, houve até quem tenha maximizado os lucros por via do aumento da exploração laboral. Quem perdeu foram as vítimas de layoff, os que ficaram sem emprego, os que viram os seus rendimentos diminuir, os que investiram nos seus negócios para garantir as regras sanitárias e foram obrigados a parar a actividade. Demitirmo-nos de votar, de escolher o próximo Presidente, de manifestarmos a nossa opinião, é também desistirmos do país que queremos e em que desejamos viver. 

A indignação e a revolta, legítimas tantas vezes, outras tantas mal direcionadas, tomaram conta do espaço sentimental dos cidadãos. É visível o desespero de quem procura respostas e medidas do poder político e que, na falta delas, perde a esperança, a confiança e a credibilidade nas instituições. É necessário recuperar essa esperança, devolver aos cidadãos o ânimo de lutar por um Portugal mais justo, soberano, democrático. Um país que garanta a todos e a todas o acesso a cuidados de saúde, à cultura, à educação de qualidade. Que defenda o ambiente e garanta um futuro mais verde. Que consagre e faça cumprir os direitos no trabalho. De oportunidades iguais entre homens e mulheres, solidário, livre de discriminações e preconceitos. 

O Portugal que está por cumprir e ficou inscrito na Constituição da República – obra da Revolução de Abril, herdeira dos sonhos de todos e todas que resistiram à ditadura fascista durante décadas. Não abdico desse sonho. Não me demito da obrigação de votar e tudo fazer para que outros votem de forma esclarecida. Não me rendo à ideia das inevitabilidades. 

E sei que posso contar, nesta eleição, com um candidato que corporiza tudo isso: João Ferreira. Sabemos com o que contamos, não fiquemos à espera. Façamos o nosso trabalho, cumpramos o nosso papel. Cada um de nós é parte do amplo movimento que deve ser gerado em torno da candidatura de João Ferreira. Cada um de nós é portador da mensagem de alternativa e esperança num país melhor, que teimam em ignorar, desprezar e dar como impossível. Temos, então, que agir, levantar os braços dos que pensam já não ter forças. Temos que trazer para a luta quem pensa que já deu tudo o que tinha a dar. O momento é de urgência. 

É imperativo que todos se envolvam neste combate desigual, desequilibrado, onde as forças se medem num campo de batalha inclinado a favor dos que foram, são e serão a voz dos poderes económico e financeiro. Desta vez, com o acrescido perigo de sobrevalorização de forças estranhas ao campo democrático. Não o permitamos. 

Avancemos nesta campanha com a confiança de que podemos dar um contributo decisivo para derrotar o medo, o ódio e a intolerância, e inverter as opções políticas na Presidência da República. Não há nada, nem ninguém, que possa tomar o lugar que nos cabe. 

Todo e qualquer apoio à candidatura de João Ferreira, não só representa o avolumar da força necessária para derrotar as políticas que nos trouxeram até aqui, como comporta um horizonte de esperança na construção de um país melhor. É na candidatura de João Ferreira que encontramos as respostas de que o país precisa; que se perfilam os defensores dos valores de Abril e da Constituição da República. 


Braga, 18 de Janeiro de 2021 
Carlos Almeida 
Mandatário da Candidatura de João Ferreira no concelho de Braga


Créditos fotografia: Paulo Magalhães