Foi agora tornado público que a empresa imobiliária que adquiriu em 2016 parte do Edifico do Castelo em licitação pública a colocou à venda por cerca do dobro do valor de compra.
A esse propósito, a CDU recorda que:
- A venda de parte do edifício, que era da propriedade da empresa pública IP – Infraestruturas de Portugal, motivou a mobilização e contestação dos trabalhadores da empresa, que denunciavam a alienação a privados do património da empresa, o que mereceu a solidariedade activa da CDU e dos seus eleitos municipais;
- Confrontada pela CDU, a coligação PSD/CDS afirmou, no contexto da alienação, que a autarquia não tinha interesse na aquisição do edifício, justificando assim a opção de não exercer o direito de preferência que assistia à Câmara Municipal, tendo optado pela “eventualidade do leilão ficar deserto”;
- Posteriormente, a coligação PSD/CDS procedeu ao arrendamento ao novo proprietário privado de uma área de 500 m2 do edifício por um valor de 60 mil euros/ano.Apesar do enorme valor patrimonial e histórico do Edifício do Castelo paira uma indefinição sobre a sua ocupação futura, que coexiste com interrogações acerca da necessária defesa do interesse público pela Câmara Municipal de Braga no processo.
Para além de a Universidade do Minho, proprietária de 2 terços do edifício, não ter tornado ainda pública qualquer intenção de ocupação para a sua parcela, acresce o facto da autarquia ter abdicado de comprar em hasta pública, em 2016, a parte da IP e optado posteriormente por pagar milhares de euros de renda por 500 m2 a privados, permitindo a especulação imobiliária que agora se verifica com este edifício emblemático do concelho.
A CDU exige da coligação PSD/CDS esclarecimentos públicos sobre esta matéria e informa que na próxima reunião de Câmara levará o assunto a discussão.